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Por que devemos entender o ciclo pecuário?

Entender o ciclo da pecuária e as fases de preço alto e baixo, nos permite planejar ações de compra, custos de produção, investimentos e o melhor momento para vender.



O que é e como funciona


O ciclo pecuário é um fenômeno caracterizado por flutuações nos preços do gado e da carne, com períodos de baixa e alta, que se repetem de tempos em tempos. Essa volatilidade é causada pela natureza da pecuária de corte, atividade de ciclo longo em que a produção responde muito lentamente a estímulos externos, como os preços recebidos, por exemplo.


Assim, quando a oferta de gado mais gordo aumenta, os preços caem e outras categorias (gado magro, bezerros e barragens) também se desvalorizam. Sob pressão econômica, os criadores venderam mais vacas para abate. O abate de fêmeas aumenta a oferta de carne e os preços caem ainda mais.


Com a redução do número de matrizes, a produção de bezerros, a reposição de animais do rebanho reprodutor e a futura oferta de gado para abate foram afetados. Alguns anos depois, a escassez de touros para abate e novilhas para substituir as vacas descartadas obrigou os preços a subir, reiniciando o ciclo.


Quais são as fases do ciclo pecuário?


Quando ocorre baixa no ciclo: há um aumento na oferta de bezerros e redução no abate de fêmeas, além da redução no preço da arroba do boi gordo, bezerro e boi magro. Quando ocorre alta no ciclo: há uma redução na oferta de bezerros e aumento no abate de fêmeas, além do aumento no preço da arroba do boi gordo, bezerro e boi magro.


Desde 2020, a pecuária está no auge do ciclo pecuário, com preços mais altos para gado gordo, bezerro e boi magro. O abate de bovinos caiu em 2020 pela primeira vez em três anos, para 29,7 milhões de cabeças, com significativamente menos vacas, segundo o IBGE. Essa redução da participação das fêmeas gera uma valorização dos machos. Podemos, portanto, argumentar que a oferta de animais para abate é a referência para a pecuária e o abate de fêmeas altera o patamar de preços.


Como resultado, o pequeno número de animais a serem abatidos, combinado com uma oferta limitada de gado engordado para abate e um boom nas exportações de carne, manteve os preços da arroba elevados. É importante, no entanto, notar que preços mais altos não significam lucros mais altos. Isso porque os preços dos substitutos e insumos (principalmente milho e soja) também estão elevados, aumentando os custos de produção.

Por isso, entender o ciclo da pecuária é essencial para orientar a tomada de decisões “na porta”, que é o único lugar que temos controle.


O preço da arroba é um dos fatores que afeta a rentabilidade da pecuária de corte. Os pecuaristas, no entanto, têm o poder de ditar o que acontece na fazenda, incluindo ganho de peso, taxas de lotação e custos de produção. Um planejamento cuidadoso e uma boa estratégia de abastecimento podem reduzir custos e aumentar a produção, resultando em mais arrobas a um preço satisfatório.


Durante as fases altas do ciclo, é importante ficar atento à coleta dos animais. Isso ocorre porque o ciclo de produção é longo, e o mercado muda quando o bezerro se transforma em uma vaca gorda que pode ser abatida. É até possível estar baixo no ciclo quando os preços de venda estão em desvantagem. Como resultado, o preço de venda terá um impacto negativo e seus lucros serão menores, principalmente se a produtividade e os custos não estiverem bem ajustados.


Por esses fatores é importante saber o momento certo para investir, os currais anti stress, por exemplo, são fabricados visando o bem estar animal. Por possuírem uma estrutura destinada ao manejo racional, o torna um investimento de alta rentabilidade, pois contribui para que os animais não percam peso.




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